terça-feira, 9 de novembro de 2010

Feliz Círio!

Círio outra vez
Pe.Fábio de Melo

“Ó Virgem Santa, teu povo canta
Senhora de Nazaré!
Tu és Rainha e tens no manto as cores do açaí
Soberana e tão humana tão mulher
Tão mãe de Deus
Nossa raça, nosso sangue
Descendência que acolheu
O mistério encarnado continuas revelando
E por isso hoje é Círio outra vez.”

UFPA - Vestibular 2011

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LEITURAS RECOMENDADAS

Gil Vicente – O Velho da Horta.
Leitura do episódio de Inês de Castro (Canto III, estrofes 118 a 135) de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões.
Lirismo (religioso e amoroso) e a sátira de Gregório de Matos Guerra.
Poemas líricos de Cláudio Manuel da Costa e Bocage.
Leitura de poemas de Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves.
Leitura de poemas de Almeida Garret.
Leitura do romance Cinco Minutos, de José de Alencar.
Leitura de O Juiz de Paz na Roça, de Martins Pena.
Leitura da novela Amor de Perdição, de Camilo castelo Branco.
Leitura de “O Alienista”, de Machado de Assis.
Leitura do conto “José Matias”, de Eça de Queiroz.
Leitura dos contos amazônicos “Voluntário”, “Acauã”, “A quadrilha de Jacó Patacho”, de Inglês de Souza.
Leitura de poemas de Cesário Verde e de Olavo Bilac.
Leitura de poemas de Camilo Pessanha e Alphonsus de Guimaraens.
Leitura dos poemas de Fernando Pessoa (heterônimo: Alberto Caeiro).
Leitura dos poemas de Manuel Bandeira.
Leitura dos poemas de Mário Faustino.
Leitura do conto Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues.
Leitura do conto Embargo, da obra Objecto Quase de José Saramago.
Leitura do conto Campo Geral (Manuelzão e Miguilim), de Guimarães Rosa.
Leitura de Vidas Secas, de Graciliano Ramos.

http://www.ceps.ufpa.br/daves/PS2011/leituras%20recomendadas%20-%20vestibular%202011.htm

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Dia do Professor

Verdades da Profissão de Professor

Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.

A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
(Paulo Freire).

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

OFICINA DE BLOG

Está acontecendo na Escola Yolanda Chaves a Oficina de Blog educacional ministrada pelas professoras Socorro Braga e Luzilene Moraes. Nesta Oficina, contamos com a participação de professores dos municípios de Bragança, Augusto Corrêa, Tracuateua e Capanema.

domingo, 12 de setembro de 2010

A tecnologia na formaçãos dos professores

A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

Atualmente, não podemos mais adiar o encontro com as tecnologias passíveis de aproveitamento didático, uma vez que os alunos - voluntária e entusiasticamente imersos nesses recursos - já falam OUTRA LÍNGUA, pois desenvolveram competências explícitas para conviver com eles: as quase incompreensíveis gírias de linguagem, a percepção HIPERMÍDIA, o ritmo acelerado de vida, a ânsia permanente de não perder tempo, a intimidade instantânea com todas as novidades encaminham um perigoso distanciamento entre gerações.
Portanto se os professores não quiserem ficar para trás, abandonados e marginalizados, pregando no deserto, precisam se ALFABETIZAR urgentemente nessa área.
A utilização da informática como instrumento de educação e busca do conhecimento traz consigo alguns questionamentos, encaminhando quase uma revolução nas concepções de tempo, espaço, currículo, ensino aprendizagem: até que ponto a escola está promovendo sua reconfiguração para atender a essa nova realidade?
Se a tecnologia é cada vez mais presente na vida (e na escola), os professores precisam, em primeiro lugar, descobrir os efeitos pedagógicos de seu uso. O lugar ocupado pelas novas ferramentas de ensino modifica expressivamente o papel dos professores - eles não mais podem ser um transmissor de conteúdos, mas mediadores capazes de articularem a interação crítica e reflexiva do aluno com os conteúdos de ensino, através dos meios tecnológicos.
O conhecimento precisa ser construído coletivamente nessa nova plataforma de acesso às informações, pela mediação efetiva de educadores que percebam, antes de tudo, que a tecnologia é INSTRUMENTO e não FIM.

Obs: Síntese do texto original
Jornal Mundo Jovem - Porto Alegre/RS
Autora: Professora Helena Sporleder Côrtes
(Coordenadora do Curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da PUCRS)

Fonte: http://www.uniblog.com.br/arrudaprofessor/442922/compartilhando-ideias-professor-arruda-e-cia.html

Formação qualificada dos docentes.

A professora Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida reforça que o uso das tecnologias na educação requer uma formação qualificada dos docentes.

Por Ana Luiza Basilio

Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida atua com a formação de professores para o uso de tecnologias na educação desde a década de 80, época em que lecionava na Universidade Federal de Alagoas. A docente relata que embora já existissem softwares educativos para uso em sala de aula, “eles eram bastante restritos em relação ao potencial de aprendizagem e não eram muito amigáveis, ou seja, implicavam em algumas dificuldades de aprendizagem”. Esta constatação levou a profissional ao encontro das pesquisas. “Era preciso entender como se dava a apropriação de tais ferramentas pelos professores e, mais que isso, entender o universo deles e, a partir daí, ajudá-los a compreender as potencialidades pedagógicas das ferramentas”.

As investigações sobre o tema não cessaram e, além de colecionar títulos de mestre e doutora, Maria Elizabeth atua como docente no Programa de Pós-Graduação em Educação pesquisando sobre Novas Tecnologias em Educação.

Em entrevista ao NET Educação, a profissional ressalta os benefícios do uso da tecnologia na educação e reforça: “é indispensável uma formação qualificada, que prepare o professor para a prática tendo como eixo as atividades pedagógicas com o uso de tecnologias e a reflexão sobre elas”.



NET Educação - A que se refere o termo novas tecnologias? Quais ferramentas estão inseridas no conceito?
Chamamos novas tecnologias as tecnologias digitais de informação e comunicação e as novas ferramentas e interfaces que estão sempre surgindo. Um exemplo é a internet, tecnologia digital para a qual convergem várias mídias. No entanto, é importante frisar que as novas tecnologias não pretendem excluir as mídias convencionais. O grande desafio é saber entender a especificidade de cada uma delas para integrá-las de acordo com os objetivos pedagógicos vigentes.

NET Educação - O uso das mídias e das tecnologias na educação sempre gerou polêmica. Como você vê essa questão?
Independente da época, as críticas sobre as mídias e tecnologias sempre existiram. Isso vem desde o tempo das revistas em quadrinhos, passando pela televisão até o computador. A meu ver, o problema ainda é o mesmo, ou seja, há uma grande oferta de conteúdos, com coisas mais interessantes, menos interessantes e ruins em vários aspectos. Por isso a importância da conscientização sobre os valores, a ética e a estética tanto na formação dos professores, como no ambiente familiar, pois são esses pilares que ajudam a desenvolver o senso crítico e a autonomia no uso das tecnologias.

NET EDUCAÇÃO – Quais são os pontos positivos do uso das mídias e tecnologias na educação?
A partir dessa aproximação das mídias e tecnologias com a educação, podemos trabalhar com as linguagens das novas gerações, provenientes da sociedade tecnológica e digital. Mesmo as classes populares têm contato com as tecnologias, seja em casa, na escola, na lan house ou na rua com os colegas. O que talvez não esteja claro para a sociedade e também para as escolas é como utilizar tais tecnologias em benefício do ensino e da aprendizagem. Outra questão importante é que, a partir do momento em que as tecnologias estão presentes na educação, estamos contribuindo para a inclusão digital da sociedade.
Também devemos considerar as novas formas de aprender e de ensinar oferecidas a partir dessa integração. Note que não se trata de informatizar o ensino, mas de desenvolver processos de ensino e de aprendizagem que facilitem a compreensão do aluno.

NET EDUCAÇÃO – Há pontos negativos?
O excesso se configura como um ponto negativo a partir do momento em que as pessoas começam a se esconder atrás das mídias e tecnologias, no sentido de viver em função delas, e não buscar uma convivência real - a chamada substituição dos mundos. Cabe não só à escola, mas também às famílias, a abordagem de limites para uma utilização saudável.

NET EDUCAÇÃO - As mídias e as tecnologias estão plenamente inseridas no dia a dia escolar?
Não dá para dizer que estão plenamente inseridas, mas em um processo de desenvolvimento, em que ainda há muito que se fazer. É um processo. Para se ter uma ideia, lidamos tanto com professores que precisam se apropriar das tecnologias para então as incorporarem à prática pedagógica, como com os que já desenvolvem atividades com o uso de tecnologias como uma ilustração da aula, e também com aqueles que realizam práticas inovadoras com o uso de tecnologias e que podem atuar como parceiros mais experientes dos colegas iniciantes.

O fato é que a tecnologia está chegando à escola, mas só isso não resolve. É preciso uma mudança de cultura para que as instituições escolares se tornem inseridas na sociedade digital. O trabalho que se faz hoje é para que os professores integrem a tecnologia ao desenvolvimento do currículo e não mais a encarem como algo isolado, uma atividade extra ou como ensino sobre tecnologia. Estamos tratando do uso de tecnologias para aprender com elas e não apenas aprender sobre elas. Afinal, as novas gerações já dominam as tecnologias, mas é preciso ajudar as crianças e jovens a aprender e pensar sobre o aprender, para que desenvolvam a autonomia sobre a própria aprendizagem daquilo que necessitam para viver e trabalhar na sociedade digital caracterizada por contínuas mudanças.

NET EDUCAÇÃO - Como você avalia a formação dada aos professores? O caminho é preparar apenas o professor?
O caminho é preparar a escola como um todo, incluindo a comunidade escolar e seu entorno , assim como as famílias para que possam entender e participar do esforço de transformação da escola e de sua integração à sociedade digital.

NET EDUCAÇÃO – Como o Brasil está diante do uso das mídias e tecnologias no ensino aprendizagem? Há países que se destacam nesta área?
O Brasil tem um projeto de formação de educadores considerado inovador, caracterizado pela formação contextualizada na realidade da escola e na sala de aula. Nosso maior desafio é atingir a todos, isto é, por mais que já se tenha feito em termos de inserção das tecnologias digitais na escola e de formação de educadores, ainda há um longo caminho a ser percorrido para atingir a universalidade. Mas é preciso compreender que a mudança não é apenas de método, é de concepções e paradigma, o que demanda um tempo muito maior para se concretizar. A par disso, há uma mobilidade docente que dificulta os avanços.

Há projetos inovadores de integração de tecnologias na educação em diferentes países e níveis educativos, mas em um olhar mais macro há grandes diferenças nos avanços entre os países e entre escolas de um mesmo país. O que há em comum é a certeza de que nos encontramos em um processo de mudança sem volta, é preciso continuar investindo nesse campo e a formação do professor deve ter como eixo seu espaço de trabalho e sua prática pedagógica com o uso de tecnologias com seus alunos.

Fonte:http://www.neteducacao.com.br/portal_novo/?pg=artigo&cod=1645

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A lição da tartaruga

Eu percebia que meu comportamento aborrecia muito os meus pais, porém pouco me importava com isso. Desde que obtivesse o que queria, dava-me por satisfeito. Mas, é claro, se eu importunava e agredia as pessoas, estas passavam a tratar-me de igual maneira.

Cresci um pouco e um dia percebi que a situação era desconfortante. Preocupei-me, mas não sabia como me modificar.

O aprendizado aconteceu num domingo em que fui, com meus pais e meus irmãos, passar o dia no campo. Corremos e brincamos muito até que, para descansar um pouco, dirigi-me à margem do riacho que corria entre um pequeno bosque e os campos. Ali encontrei uma coisa que parecia uma pedra capaz de andar.

Era uma tartaruga. Examinei-a com cuidado e, quando me aproximei mais, o estranho animal encolheu-se e fechou-se dentro de sua casca. Foi o que bastou. Imediatamente decidi que ela devia sair e, tomando um pedaço de galho, comecei a cutucar os orifícios que haviam na carapaça. Mas os meus esforços resultavam vãos e eu estava ficando, como sempre, impaciente e irritado.

Foi quando meu pai se aproximou de mim. Olhou por um instante o que eu estava fazendo e, em seguida, pondo-se de cócoras junto a mim, disse calmamente: "Meu filho, você está perdendo o seu tempo. Não vai conseguir nada, mesmo que fique um mês cutucando a tartaruga. Não é assim que se faz. Venha comigo e traga o bichinho."

Acompanhei-o. Ele se deteve perto da fogueira acesa e me disse: "Coloque a tartaruga aqui, não muito perto do fogo. Escolha um lugar morno e agradável."

Eu obedeci. Dentro de alguns minutos, sob a ação do leve calor, a tartaruga colocou a cabeça de fora e caminhou tranqüilamente em minha direção. Fiquei muito satisfeito e meu pai tornou a se dirigir a mim, observando: "Filho, as pessoas podem ser comparadas às tartarugas. Ao lidar com elas, procure nunca empregar a força. O calor de um coração generoso pode, às vezes, levá-las a fazer exatamente o que queremos, sem que se aborreçam conosco e até, pelo contrário, com satisfação e espontaneidade."